Andar na banguela em descidas economiza gasolina?

É mito ou verdade que descer uma ladeira com o carro em neutro [banguela] gasta mais combustível que com o carro em marcha [freio-motor]?

Atualmente essa afirmação é verdadeira. Vale ressaltar, porém, que isso serve apenas para os carros equipados com sistema de injeção eletrônica. Os automóveis mais antigos (com carburador) gastam menos quando em ponto-morto.
A explicação é simples: como o próprio nome já diz, na injeção eletrônica, o combustível que entra no motor é monitorado por um sistema eletrônico. Em uma situação de descida, com o pé fora do pedal do acelerador, os sensores lêem que não é necessário injetar combustível no motor e simplesmente cortam o envio de gasolina (ou álcool) – nos automóveis com computador de bordo, é fácil perceber (o consumo instantâneo vai para 999 km/l).
Nesse caso, há uma inversão de papéis: não é o motor que move as rodas, mas as rodas que não deixam o motor parar. É o chamado freio-motor – o propulsor segura o carro na descida, mantendo o controle do carro na mão do motorista. Basta pisar no acelerador que o combustível volta a ser injetado instantaneamente e o motor deixa de ser "freio" para ser "acelerador".

Nos carros com carburador, a injeção de combustível é feita de forma mecânica (diferenças de pressão). Ou seja, se o carro está ligado, o combustível está sendo sugado pelo motor e injetado pelo carburador. Na descida em banguela, como os giros ficam mais baixos (marcha-lenta), o gasto de combustível é menor.
Porém, apesar de gastar menos combustível, o uso da banguela não é recomendável em descida. A economia gerada, no caso dos carburados, não compensa o risco corrido de se andar em ponto-morto. Isso porque, além de o controle do carro ficar comprometido para manobras de emergência, o sistema de freios fica sobrecarregado e se desgasta com maior rapidez...
Desça sempre com o câmbio engrenado, seja qual for o sistema de injeção do seu automóvel. Afinal, a segurança vem em primeiro lugar.
Por; Denis Freire Almeida

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