No dia mundial da água, Matão também precisa dar seu exemplo!

Nesse dia 22 de março, comemoramos uma importante data, o Dia Mundial da Água. Talvez a maior parte da população, apesar de uma grande divulgação na mídia, não tenha muita ciência disso e outra parte que tenha conhecimento por sua vez, não dá muita importância. Apesar de vivermos no país que contém a maior reserva de água doce disponível no mundo, esse assunto é sério e muito sério.
Em Matão, não pode ser diferente, a população deve estar alerta quanto aos problemas de escassez hídrica que irá afetar o planeta e também diretamente nossa cidade. Podemos dizer que a população matonense está em uma situação relativamente confortável em relação ao tema quando comparamos à outras cidades brasileiras e até de nossa própria região. Mas isso não quer dizer que estamos livres do problema.
A cidade de Matão está localizada sobre um dos maiores reservatórios de água potável e de excelente qualidade do mundo. O Aqüífero Guarani é um enorme reservatório subterrâneo o qual se estende desde o Centro-Oeste brasileiro até países vizinhos como Paraguai, Uruguai e Argentina. Em determinadas regiões, como Goiás, sua água é considerada imprópria para o consumo, porém em outros, inclusive o interior paulista, existe o privilégio de se consumir água de uma das melhores fontes existentes.

O Aqüífero sofre sério risco de ser contaminado através da atividade humana sem consciência. A água do aqüífero é constantemente renovada através da pluviosidade e de lençóis freáticos mais próximos da superfície. Quando esses são contaminados, automaticamente poderá contaminar também essa importante fonte de água limpa e pura.
Algumas cidades vizinhas como Jaboticabal, Taquaritinga e Monte Alto não conseguem utilizar a água do Aqüífero Guarani devido à enorme profundidade desse nessas regiões. Em Jaboticabal por exemplo, precisa-se perfurar até 800m para encontrar as águas do reservatório, o que torna inviável. Em conseqüência, a cidade capta água de córregos, aumentando os gastos com tratamento e também o número de substâncias químicas utilizadas nessa água afim de torna-las próprias ao consumo. Em Matão, a água total consumida é oriunda do Aqüífero Guarani através de poços artesianos com profundidade média de 150 m. Em Ribeirão Preto e Sertãozinho, as águas do Aqüífero praticamente “florescem”, não sendo necessário perfurar mais do que 45 m para captá-las por esterem exatamente em cima da zona de recarga do aquífero, onde o mesmo se recarrega com águas da chuva.
Não podemos deixar de considerar o nosso Rio São Lourenço, mas também seus afluentes, ou seja, os diversos córregos que “cortam” o município de Matão. Apesar de um grande esforço para a reconstituição de suas matas ciliares originais, esses córregos ainda sofrem com o despejo de esgotos residenciais e industriais e o lixo jogado pela população. Citando cada um deles, temo o Córrego do Cascavel, Córrego do Cortume, Córrego Las Palmas, Córrego Tabuleta, Córrego do Tobias, Córrego Milho Vermelho e Córrego São Pedro.
Obviamente esses córregos são de extrema importância para o sistema hídrico matonense. Felizmente não temos a necessidade de satura-los ainda mais utilizando suas águas para o consumo populacional, mas temos a necessidade urgente de realizar a preservação dessa bacia do Rio São Lourenço, a manutenção de nossas águas.
A água é o bem mais valioso que existe. Sem ela, em suas diferentes formas, seja nos rios, na chuva, no orvalho, nos aqüíferos, oceanos ou em nossas torneiras não haveria vida. Em Matão também há a necessidade de um consumo consciente. Apesar de gigantescas, as fontes de água que abastecem nosso município são limitadas e poderão em algum tempo deixar de nos servir.
As dicas básicas, como evitar banho de mais de 10 minutos, escovar os dentes ou barbear-se com a torneira fechada, reutilizar a água da máquina de lavar para lavar calçadas, não usar a mangueira como “vassoura”, evitar lavar o carro em casa, entre outras ainda são validas e se cada um fizer a sua parte, teremos um futuro um pouco mais agradável do que aquele que está se desenhando.
“Vai faltar água em metade das cidades brasileiras em 2015”
(Folha de São Paulo 22/03/2011) – Matão poderá ser uma delas, a não ser que começamos já a fazer nossa parte!

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