Matão: cidade das subidas e descidas

Quem constuma andar a pé pelas ruas de Matão sabe bem que a dificuldade de se chegar em alguns bairros, principalmente nesses dias de sol forte e muito calor. Dois fatores colaboram para que isso ocorra, o primeiro deles, já tratado aqui no Blog Matão Hoje em Dia diz respeito ás logas distâncias que Matão apresenta. Por ser uma cidade plenamente horizontalizada os bairros são cada vez mais distantes do centro.
O outro fator é em relação ao relevo e a topografia da área urbana matonense. A cidade foi construida e cresceu sobre um relevo acidentado entre os vales do rio São Lourenço e dos diversos córregos que banham o município. Sempre podemos notar, como existem áreas da cidade muito altas, ou seja, no topo do que antes da urbanização se caracterizavam como morros e outras bastante baixas.

Esse é um dos motivos, inclusive, o qual colabora para as enchentes anuais no rio São Lourenço. Toda a água das chuvas, de praticamente todos os cantos de Matão não têm outro escoamento senão os vales onde se localizam as Avenidas São Lourenço e Padre Nelson. Com as áreas de escoamento natural cada vez mais escassas (terra, jardins, árvores) e os declives ainda mais urbanizados, fica dificil conter a força de tamanha quantidade de água.
Alguns bairros para serem alcançados, principalmente que caminha, as subidas são os principais obstáculos a serem vencidos. Vejamos alguns exemplos: para se chegar da rodoviária até o Hospital Carlos Fernando Malzoni, uma enorme subida (aclividade) precisa ser vencida. O mesmo vale para quem está na São Lourenço e almeja chegar até o São José/Jd. Brasil. O Bairro Alto e a Vila Cardim também estão no topo e contam com uma enorme subida até eles. E quem pretendente chegar à Buscardi, Monte Carlo ou Vila Santa Cruz não pode deixar de "escalar" a Rua Sinharinha Frota.

De fato morar em Matão é algo que exige de grandes desafios para quem pretendente caminhar pela cidade. E o relevo realmente em nada ajuda. A cidade de Matão foi construída para circular com automóveis. Talvez esse fator também explica o fato de cada vez mais carros novos circularem por aqui. O absurdo é que mesmo com tudo isso, Matão conta ainda, com um transporte público extremamente deficitário.

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