Matão, não oferece acessibilidade para 100% dos seus mais de 78 mil habitantes de hoje...
Falo isso porque a questão da acessibilidade está muito forte atualmente, novas edificações são rigorosamente legisladas para que aconteça essa acessibilidade a todos, principalmente os PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS, porém, a cidade de Matão não oferece estrutura esses a cidadãos que necessitam mais do que todos da ACESSIBILIDADE.
ONDE ESTÁ O PROBLEMA EM NOSSA CIDADE?
Está ligado diretamente às CALÇADAS da cidade, um exemplo claro para diferenciar essa questão são as calçadas do centro da cidade, percebam a sua uniformidade, não há grandes desníveis, obedecem um padrão, entretanto, é só sairmos um pouco do centro, especificadamente a área do comércio e começamos a nos deparar com verdadeiros obstáculos nas calçadas, grandes desníveis, e nos bairros periféricos a situação é ainda pior, verdadeiros “barrancos” no qual somos obrigados a trafegar pela rua. Agora façam uma reflexão, se às vezes fica difícil para pessoas que não são portadores de necessidades especiais, imaginem para quem de fato é portador como os cadeirantes, deficientes visuais, problemas físicos, e até mesmo nosso idosos que tem dificuldade em se locomover. Resumindo, a cidade não existe para eles, viver em Matão sendo portador de alguma necessidade especial é, contudo sofrer por não haver o seu direito assegurado à liberdade de ir e vir. Esse tipo de cidadão Matonense não tem condições de sair da sua casa, no seu bairro mais distante sem depender de uma segunda pessoa, uma questão que se estende até mesmo ao transporte público oferecido em nossa cidade.
A CULPA É DE QUEM?
A questão das calçadas do centro da cidade ser mais regular do que nas partes periféricas, é porque de fato é a parte mais antiga de Matão, construídas em uma época em que era a PREFEITURA quem cuidava das mesmas, então havia essa uniformidade. Hoje em dia, o código de obras prevê que quem deve cuidar da calçada é o próprio dono da residência ou estabelecimento, e é a partir daí que começa a farra. Uma prefeitura que não fiscaliza, e um proprietário não conscientizado, resultam em verdadeiros obstáculos urbanos. A prova, novos loteamentos estão surgindo e as calçadas continuam mais irregulares do que nunca, a calçada pertence ao passeio público, e o público corresponde a 100% dos cidadãos sem exclusão de ninguém.
VOCÊ PROPIETÁRIO JÁ PENSOU ISSO QUANDO FOI CONSTRUIR A SUA?
Claro que a culpa não é somente sua, pois falta uma mobilização, a conscientização das pessoas se interessarem cada vez mais por este assunto que não é tão simples assim, afinal muitos assuntos de extrema importância como esse não chegam à população, especialmente a quem tem interesse em construir atualmente não são informados. É uma ferramenta especial que a cidade tem e a falta de interesse nela é quase nula, é o nosso plano diretor, assunto que trataremos mais pra frente. E também, o PODER PÚBLICO também tem sua se não à maior parcela de CULPA, cadê a fiscalização? Cadê os entendidos do assunto para poder orientar as pessoas? É entristecedor o descaso de ambos os lados.
Matão precisa também atender esse importante aspecto, há uma necessidade de verba para que isso seja atenuado, há também a necessidade de uma fiscalização do setor do departamento de obras da cidade que seja rigorosa, e também a conscientização da população que está construindo, que não é pouca!
UM EXEMPLO:
Nós podemos citar como exemplo, porém não na totalidade, mas sim por algumas iniciativas, e a vizinha ARARAQUARA que através de concurso fez um trabalho impecável na Rua 2 (hoje chamada de rua dos ônibus) que se preocupa com inúmeras questões como o tráfego de carros, acesso de cadeirantes com rampas e os deficientes visuais contam com o piso marcado para poderem se locomover com autonomia, e também na Rua 5 (rua dos oitis) que realizou recentemente um trabalho que não visou somente essas questões de acessibilidade, mas também a preservação da rua que é tombada pelo patrimônio público. Porém Araraquara sofre com a mesma questão que a nossa do seu contexto todo, uma pessoa portadora de necessidades especiais que mora na periferia da cidade também sofre os mesmo problemas, calçadas irregulares e transporte público. Mas, pelo menos eles têm uma grande iniciativa de mobilização!
Rua 2 Rua 5
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